A
civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio
Nilo) entre 3200 a.C (unificação do norte e sul) a 32 a.c (domínio romano).
Como a região é formada por um deserto (Saara),
o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado
como via de transporte (através de barcos) de mercadorias e pessoas. As águas
do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens,
nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.
A sociedade egípcia estava dividida em várias
camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado
um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela escrita)
também ganharam importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e
impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos
também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em
guerras.Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e
comida.
A escrita egípcia também foi algo importante
para este povo, pois permitiu a divulgação de idéias, comunicação e controle de
impostos. Existiam duas formas principais de escrita: a escrita demótica (mais
simplificada e usada para assuntos do cotidiano) e a hieroglífica (mais
complexa e formada por desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides
eram repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas e mensagens
para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamado papiro, que
era produzido a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para
registrar os textos.
Os hieróglifos egípcios foram decifrados na
primeira metade do século XIX pelo linguísta e egiptólogo francês Champollion,
através da Pedra de Roseta.
Hieróglifos: a escrita egípcia
A economia egípcia era baseada principalmente na
agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo.
Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os
trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem
algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides,
templos, diques).
A religião egípcia era repleta de mitos e
crenças interessantes. Acreditavam na existência de vários deuses (muitos deles
com corpo formado por parte de ser humano e parte de animal sagrado) que
interferiam na vida das pessoas. As oferendas e festas em homenagem aos deuses
eram muito realizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores,
deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas e momentos da
vida. Cada cidade possuía deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.
Como acreditavam na vida após a morte,
mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo
de preservar o corpo. A vida após a morte seria definida, segundo crenças
egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de julgamento. O coração era pesado
pelo deus da morte, que mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão
estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para uma outra vida
boa aqueles de coração leve. Muitos animais também eram considerados sagrados
pelos egípcios, de acordo com as características que apresentavam : chacal
(esperteza noturna), gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré (agilidade
nos rios e pântanos), serpente (poder de ataque), águia (capacidade de voar),
escaravelho (ligado a ressurreição).
A civilização egípcia destacou-se muito nas
áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática,
usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de
mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do
corpo humano.
No campo da arquitetura podemos destacar a
construção de templos, palácios e pirâmides. Estas construções eram financiadas
e administradas pelo governo dos faraós. Grande parte delas eram erguidas com
grandes blocos de pedra, utilizando mão-de-obra escrava. As pirâmides e a
esfinge de Gizé são as construções mais conhecidas do Egito Antigo.